Cores Primárias

Edição 14

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Museus-casas “cariocas”

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Renata Guimarães Puig 

Especial para Cores Primárias

É preciso explicitar o modo como a sociedade em questão traça a fronteira entre o visível e o invisível. A partir daí, é possível compreender o que é significante para uma dada sociedade, quais os objetos que privilegia e quais são os comportamentos que estes objetos impõem a colecionadores. (POMIAN, 1984, p.53)

 
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A Escola do Sul. Manifesto de Torres Garcia

Written by Cores Primárias Pesquisa. Posted in Especial

 

Manifesto
A Escola do Sul
Torres Garcia, 1935
 
                 Uma grande escola de arte deveria ser fundada em nosso país. Digo sem exitar: aqui em nosso país. E tenho minhas razões para afirmá-lo.
Disse Escola do Sul porque, na realidade, nosso norte é o sul. Para nós, o norte só existe para contrastar com nosso Sul.
                 Viremos o mapa de cabeça para baixo para ter uma ideia exata de nossa posição, sem nos incomodar com o que pensa o resto do mundo. A ponta da América, a partir de agora, prolongando-se para cima, assinala insistentemente o Sul, o nosso norte.. Ao mesmo tempo, nossa bússola aponta implacavelmente para o Sul, para o nosso polo. Ao partirem daqui, os navios vão para baixo e não para cima, como costumavam fazer para seguir em direção ao norte. Porque o norte agora está embaixo. E, se ficarmos de frente para o nosso Sul, teremos à esquerda o Leste.
 
                 Essa retificação era necessária, pois nos permite saber onde estamos. A cidade em que vivemos também se distingue de todas as demais: Montevidéu é única. Seu caráter tão profundamente próprio torna-a inconfundível. Já a percebemos ao avistar o Cerro, e logo depois o porto, e principalmente a praça da Independência e a praça da Matriz. É uma pena que alguns defeitos a desfigurem!
 
                 As casas no Uruguai nos dão consciência de onde estamos. Sobretudo as baixas, que contrastam com a amplidão das ruas. E isso propicia uma abundância de luz que não se encontra em nenhum outro lugar. Além disso, é uma luz branca ( a que eu chamaria de luz luminosa, sem me incomodar com o pleonasmo), e seu ângulo também é único, poderia ser regulado com perfeição. Merecem também menção às portas e janelas largas, que dão às casas uma proporção tão característica.
 
                 A composição do nosso ar também é especial: ele corrói os muros e cobre-os com uma espécie de limo esverdeado. Isso sem dúvida deve ser obra de nosso grande rio. Porque este, que de tão largo nos parece um mar- e que pode ser visto de quase todas as ruas de Montevidéu descem em direção ao rio num declive que chega a assustar; e, com suas constantes subidas e descidas, são outro traço característico de nossa cidade.
 
                 Assim sendo, se olharmos com cuidado, descobriremos o caráter íntimo de tudo. Porque também a gente de Montevidéu não é como a de qualquer outra cidade; é tão diferente como a própria cidade. E seus habitantes provavelmente não se dão conta disso, e de que são um tipo de gente distinto de qualquer outro. Não que sejam um tipo uniforme; ao contrário, são muito heterogêneos. Por isso, sua fisionomia distinta não vem das variedades componentes, mas de uma expressão particular que tem que lhes dá o seu  caráter. Temos o tipo europeu, o mestiço de índio ou de negro, e tipos quase puros destes últimos, É isso que, de um modo geral, dá a nosso povo uma fisionomia diversificada.
 
                 Se considerarmos o que poderia chamar de expressão (gestos, vocabulários, mentalidade, maneira de ver as coisas, etc.) encontraremos sempre algo com características particulares. Desse modo, só de ouvir a gente de o povo falar, percebe-se sua idiossincrasia. E -coisas estranhas- não é, por exemplo, no tango ou na gíria que encontramos essa idiossincrasia. Seria como olhar para as lojas chiques e magazines de moda, ou para a arquitetura moderna, pois é aí que o nosso verdadeiro caráter se perde. A tal ponto que nossa cidade que é única e típica em tantos lugares, perde quase tudo o que a caracteriza, em certas áreas novas ou modernizadas. Isso não significa que se deva condenar a modernização e a mudança, mas estas só devem ser feitas se se respeitar as nossa adversidade de caráter: uma nuança muito delicada, que conviria definir claramente, para que ela possa entrar na consciência do povo. O problema é que, se acentuarmos certos costumes e expressões que nos parecem bem nossos, criaremos um caráter artificial, odioso por ser anódino. E assim em várias outras coisas. O que é que o futebol, por exemplo, tem a ver conosco? Se indagarmos que contribuição esse jogo dá a nosso país, a resposta será nada: não serve para forjar o nosso caráter nem para qualquer outra coisa. Mas deixemos de lado essa questão delicada.
 
                 Em certos trechos de Montevidéu, poderíamos jurar que não estamos realmente na  capital do Uruguai, tão grande é o número das coisas importadas. Alguém poderia indagar: mas elas não são parte da vida moderna? Respondo: absolutamente, são o comércio e a industria de outras nações a invadirem nosso país. E há bairros nos quais essa invasão não teve êxito, apesar de ali também se venderem ou se negociarem coisas que são imposições da vida moderna. Isso se deve às pessoas que lá vivem, mais indissoluvelmente ligadas ao solo nativo e menos frívolas, menos ávidas de consumir frivolidades. Tal rua, com a porta larga e janelas de sanfona, com aquela árvore ( que não é um plátano) e com aquele boteco ou lojinha, e aqueles homens e mulheres não poderiam existir senão em Montevidéu. Mas repito: seu caráter está em toda parte. Por isso, a moça elegante, com pretensões europeizadas de francesa ou inglesa, é na verdade uruguaia queira ou não; e se não quiser é condenável.  E esse caráter seu não está no mate, nem no poncho, nem na canção: é algo mais sutil que permeia tudo e possui a mesma claridade, a mesma luz branca da cidade. E o povo dessa cidade é tão único como ela mesma, com estas dez letras enfileiradas, nem subindo nem caindo, iguaizinhas, inquietantes porque inexpressivas: MONTEVIDÉU. Tinha que ser assim: única até no nome.
 
                 E aqui estamos eixo de todos os traiçoeiros ventos destas regiões que perturbam a mente e o corpo, nesta margem singular do grande rio, quase uma península, como se quisesse marchar à frente do continente, para ser a vanguarda. Assim, nossa situação geográfica nos traça o próprio destino. E nisso somos coerentes.
 
                 Então digo: cuidado para não pisar fora da linha!, e acrescento: podemos fazer tudo isso ( refiro-me agora à essência, ao que poderíamos chamar de telúrico, que dá a tudo o seu próprio caráter particular) e portanto não devemos trocar o que é nosso pelo que é estrangeiro ( o que é um esnobismo imperdoável), mas, em lugar disso, o que devemos fazer é assimilar o que é estrangeiro. Creio que já acabou a era do colonialismo e das importações (falo agora, principalmente, dão que se chama cultura) e, assim, fora com os que, em termos literários, falam uma linguagem distinta da nossa própria linguagem natural (não digo o criollo), sejam escritores, pintores ou compositores. Se estes não aprenderam a lição da Europa na devida época, pior para eles, porque o momento já passou. Mas se julgam que a música típica é melhor, estão enganados; ela é pior ou até mais insuportável. E, de qualquer modo, isso também já passou. Será que não entendem? 
 
                 A realidade atual é outra. Feita por homens que tem olhos abertos, por homens que vivem no presente, que amam a vida e são moldados por ela. E que, por isso mesmo, são uruguaios de hoje.
 
                 E é aí que eu quero chegar: às mulheres uruguaias de hoje, aos uruguaios de hoje. Isto é, a nossa própria versão especial das coisas atuais. Não digo europeu, mas simplesmente toda e qualquer pessoa que chegou até nós. E aqueles que buscam a “tipicidade retrospectiva” são tão atrasados quanto os que buscam “o europeu”. Porque a arte de hoje é mais real do que tudo isso, ela levanta o espírito da pessoa que já não vive no passado nem no futuro, mas no presente. Os uruguaios do século XX formam sua própria personalidade, construindo.
 
                 Sim, construindo tudo. E, se inicialmente, eles tinham alguma pressa em razão da novidade, passaram agora a construir de maneira mais positiva, num ritmo mais lento e seguro. Terão de reconsiderar muitas coisas e terão que voltar atrás para fazer alguns ajustes.
 
                 Pois bem, os uruguaios de hoje devem dizer: temos que descobrir um estilo próprio, positivamente original. Positivo por ser simples e natural, não uma obra de sonhadores nem de aprendizes, mas de homens conscientes, que trabalham de um modo claramente realista. Esses homens dirão agora: abaixo a simulação, abaixo o teatro, abaixo a arte sem sentido, a arte que não tem lógica nem razão! O tempo dos ensaios acabou! Porque hoje queremos coisas bem definidas e concretas. Em suma: queremos construir uma arte (isto é, conhecimento) e com nossos próprios materiais. Porque já somos adultos.
 
                 As coisas se movem mais depressa do que o pensamento. O cenário mudou e nós nem percebemos, porque hoje o ritmo é acelerado. E nós, felizmente, seguimos na mesma cadência.
Sim, as coisas se movem. Nossa época não é uma época de renovação, mas, pelas razões apresentadas, uma época de construção. E mesmo o homem que ainda não percebe isso está trabalhando nesse sentido.
 
                 
                 Em todos os países, são dois os fatores que fornecem o eixo sobre o qual giram todos os outros: o fator político e o fato econômico (industrial e comercial). Assim, se comparamos as coisas no Uruguai de hoje com o que eram, veremos que existe uma enorme diferença. E essa diferença é o que nos dá uma nova maneira de considerar as coisas, é a que cria o homem com uma nova mentalidade: o uruguaio de hoje.
 
                 Vamos explicar em poucas palavras o que consiste essa diferença. Os problemas locais tornam-se problemas nacionais; e sempre, naturalmente, sem perder de vista os primeiros. É isso que lhes dá um caráter novo. E foi por isso que afirmei que as coisas se movem.
 
                 Isso abre uma nova perspectiva, muito maior do que se imaginava. O homem deixa para trás seu pequeno horizonte para lançar-se no mundo.
 
                 E o artista o que faz? Deve fazer o mesmo: sem esquecer as coisas que o cercam, deve voltar-se para o mundo. Desse modo, as coisas que o cercam hão de adquirir um novo caráter, um conceito mais amplo, uma escala maior, um espaço sem limite. Ele trabalhará dentro de uma estrutura grandiosa. E isso lhe fornecerá não apenas uma nova visão mas também novos temas de que jamais cogitou. Além disso, compreenderá que tem de elevar seus padrões. Estará trabalhando ao lado de artistas de outros países. Tem, portanto, de estar á altura deles.
 
                 O uruguaio de hoje está mudando da maneira que acabamos de mencionar. E por isso também o artista, quer seja músico, pintor, poeta, arquiteto ou escritor. O que não muda fica atrás como coisa velha, algo sem nenhuma influencia e que é feito e desfeito todos os dias.
 
                 O artista de hoje, que vai até o porto ( e não se interessa pelo puramente pitoresco), saúda o grande transatlântico, olha para as gruas, as mercadorias ali empilhadas, e observa os homens trabalhando...Ele já nem nota a feição pitoresca do Sol e seus reflexos na água. Vê a enorme chaminé do vapor, as escadas, as cordas, os guinchos e os exaustores, e o enorme corpo do navio. Vê os hangares, as letras e os números; e outros sinais, e o trem a afastar-se..... Vê tudo isso como algo ideal, porque está olhando para formas e sua arquitetura, e não para coisas.
 
                 O que significa tudo isso? Que a época do romântico pitoresco já passou e que agora vivemos na forma dórica da forma. E já não temos consciência do país em que estamos, porque quando não existe essa consciência tudo é universal. E por esse motivo é mais importante do que nunca ser um verdadeiro uruguaio. Um uruguaio do século XX. Pois bem, daí a construir é apenas um pequeno passo, e o artista dará esse passo. Construirá com a forma e o tom. E apenas então é que passará a pintar. E compreenderá que o que fazia antes era literatura.
 
                 E depois contemplará sua obra: ela é universal, mas também  é uruguaia. Deixemos esse assunto de lado e sigamos em frente.
 
                 No início deste manifesto, afirmamos que tínhamos que construir aqui uma grande Escola de Arte. Não por causa da forma como é organizada ou de suas instalações luxuosas, nem dos meios que terá a seu dispor, nem por mil outras razões, mas por sua vida real, efetiva e vigorosa que corresponde também a uma necessidade real.
 
                 A necessidade sempre foi uma mola propulsora da arte como de tudo o mais. E aqui uso o termo “arte” em seu sentido mais alto: de construir bem, de seguir regras com todo rigor.
 
                 E essa necessidade, quando aplicada a uma forma artística ( no caso, as artes plásticas), adquire um sentido decorativo, como sempre aconteceu em todas as épocas e países. Mas aqui o decorativo não será um simples adorno; será, sem sombra de dúvida, uma arte com função social. O que equivale a dizer uma arte com base autêntica: real.
 
                 Uma arte não naturalista ( que sempre é uma arte subjetiva, baseada na personalidade e na emoção fugaz), mas ferreamente vinculada à cidade: que comenta ou louva a sua vida; enaltece-a, mostra-a e talvez até a orienta.
 
                 E se usei o termo decorativo foi apenas para se mais claro; porque, na verdade, tal arte é uma arte monumental, planista e bidimensional, esquemática e sintética; arte de grandes ritmos e intimamente ligada à arquitetura.
 
                 Por isso, se tivermos de chegar a uma verdade, ela será uma verdade absoluta, e não uma verdade parcial e unilateral; porque, em todos os sentidos, chegaremos sem dúvida a criar nosso próprio estilo, e e então o estilo de hoje estará necessariamente ligado ao estilo de ontem.
 
                  Seria essa, a meu ver, a função da Escola do Sul, que queremos criar nesta margem oriental do Prata.
 
                 Se pintássemos alguns aspectos da cidade, uma rua, um parque, etc., um trecho de praia ou um pedaço de porto, dando à obra toda a realidade possível, pouco teríamos feito em termos da intensa vida da cidade, com seus milhares de mecanismos intelectuais, morais, artísticos e industriais, e com os elementos contraditórios inerentes a essa vida; e além disso em termos da ideia que temos de sua importância. Porque isso jamais pode ser transmitidos por tais meios fragmentários, e muito menos, pelo conceito que temos de cidade. É essa a razão de ser de uma arte esquemática e simbólica. A arte, quando está despida de aspectos naturalistas imitativos e descritivos, corresponde perfeitamente ao atual espírito de síntese, e pode dar-nos tudo aquilo em novos ritmos, simbolicamente: o rio da Prata, a vibração da fábrica ou das ruas, o caráter de seu povo, sua posição geográfica, suas esperanças, sua maravilhosa luz, seus jogos e sua arte; tudo, enfim.
 
                 Com esse objetivo em mente, e cônscio da magnitude de tal arte, quer numa tela pequena ou num mural, insisto em que esse gênero de arte deva entrar em tais ritmos – não apenas nas leis fixas e eternas das artes visuais, mas também no sistema de proporções, a fim de que, pela medida, se chegue á unidade, isto é, à harmonia. Assim, cada artista (seja nas artes visuais, seja na música), independentemente, ainda que unido a outros pelas leis da harmonia, deveria dar à arte uruguaia uma unidade que, no momento ela não tem, mas deveria ter, como toda grande arte através da história em todas as épocas e países. Isto é: um Estilo. Isso, é claro, exige uma verdadeira compreensão dos problemas da arte, a um nível superior, que a essa altura deveríamos ter atingido.
 
Joaquin Torres-Garcia
Uruguai, fevereiro de 1935.
 
Dawn Ades. Arte na America Latina. Cosac & Naif. São Paulo, 1997.
 
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Intervenção de Corvalán-Pincheira na Galeria da Memória reflete sobre a história política chilena

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Carolina Lara
Do Chile, especial para Cores Primárias


Máximo Corvalán-Pincheira

“Proyecto ADN” es una intervención de Máximo Corvalán-Pincheira concebida para seducir al espectador. La propuesta situada en el Museo de la Memoria entre el 4 de julio y el 19 de agosto de 2012, está compuesta por 33 piezas escultóricas armadas con tubos fluorescentes, cables, huesos y tuberías, que brillan suspendidas sobre piletas de agua en la oscuridad. El sonido: los zumbidos eléctricos de los aparatos que de pronto lucen como un enjambre de insectos luminosos o moléculas de neón retorciéndose en un paisaje acuoso. 

La obra del artista reflexiona –entre otros temas– sobre la importancia del ADN y la historia política chilena. El proyecto total se centra en la instalación hecha especialmente para la Galería de la Memoria, espacio abierto entre el Metro Quinta Normal y el Museo de la Memoria; y continúa en el Jardín Acuático, a la salida sur poniente de la institución, con un trabajo también objetual y lumínico que juega con la idea de una fuente de agua.

El interés de Corvalán-Picheira por el ADN surgió a partir de los últimos adelantos en los procesos de identificación de cuerpos, que se aplican incluso en fragmentos diminutos. El análisis nuclear del ADN ha sido clave tras la caída de las Torres Gemelas en Nueva York (2001), en el accidente del avión Casa 212 en Juan Fernández (2011) y, también en Chile, en la identificación de restos de detenidos desaparecidos.

 “El ADN se ha convertido en un concepto icónico los últimos años que ha sobrepasado las áreas de la ciencia para adentrarse en otros campos como metáfora; que puede llegar a reeditar la historia, redefiniendo hitos y momentos del pasado con mayor certeza, llegando a poner en jaque los documentos que la narran, afectados por juicios, apreciaciones culturales y subjetivas. El ADN conecta además con un hecho brutal en el país, que se relaciona a mi historia personal: la entrega a los familiares de cuerpos de detenidos-desaparecidos que no correspondían. Ahora se han podido establecer identidades con casi total certeza”, explica.

 

La intervención de Corvalán-Pincheira juega con el impacto. Atrae, pero nos acerca al terror. Junto a la luz y los tubos de neón: los huesos y los cables que aprisionan, la energía eléctrica en contacto con el agua, los vestigios de los cuerpos; historias de desastres. Lo orgánico y lo tecnológico, lo bello y lo siniestro.

“Hace mucho tiempo que trabajo con una idea de Bruce Nauman sobre la obra de arte como un golpe, como ‘un bate en pleno rostro’. La obra debe ser una provocación. Siento que hoy es importante conmover al espectador. A un trabajo artístico le cuesta competir con el cine, la TV, la publicidad. A mí me interesa atrapar al espectador desde la entrada y desde ahí motivar la interpretación”, agrega.

El artista

Máximo Corvalán - Pincheira (1973) es Licenciado en Artes de la Universidad ARCIS y Magíster en Artes Visuales de la Universidad de Chile. Ha participado en las bienales de Shangai (2004), del Museo Nacional de Bellas Artes (2006) y de La Habana (2009). Entre sus exposiciones individuales, destacan “Proyecto EWE-03” (2003, Museo de Arte Contemporáneo), “Free Trade Ensambladura” (2005, Galería Animal - Main Gallery, California, Estados Unidos); “Bestia segura” (2005, Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires); “DNI” (2009, Wewerka Pavillon, Münster, Alemania) y “Simulacro -1” (2011, Galería D21). 

Los últimos años, el artista ha tenido intensa actividad en espacios internacionales. En 2011 volvió a exhibir en Chile, estando presente en la muestra colectiva “Chile arte extremo” de la Corporación Cultural de Las Condes, luego con la individual en D21 y, este año, hasta el 30 de junio, en la Sala CCU con “Frágil, exploraciones visuales”. Durante el segundo semestre, estará además en La Vitrina de la Defensoría Regional de Valparaíso y en una colectiva en el Museo Salvador Allende. 

 

PROYECTO  ADN
GALERIA DE LA MEMORIA
4 de julio al 19 de agosto
Martes a domingo 10:00 – 18:00 horas
Entrada Liberada 
MUSEO DE LA MEMORIA Y LOS DERECHOS HUMANOS
MATUCANA 501 - 56 (2) 5979625
Santiago do Chile

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"no universo da cultura o centro está em toda parte"*

Written by Margarida Nepomuceno. Posted in América Latina

                    Em novembro de 2006, esta Revista publicou um artigo da crítica de arte Mariza Bertoli fazendo um convite  para que críticos e historiadores substituam as velhas categorias utilizadas para a análise da arte latino americana por critérios pautados na realidade histórica do próprio Continente. Isso exige, segundo Bertoli, um exercício de desconstrução de uma trama de valores estéticos, categorias moldadas desde outros centros de conhecimento, que nos impedem de enxergar semelhanças e diferenças entre as produções simbólicas locais e as suas relações com um processo histórico de formação das identidades latino-americanas. 

             Esta publicação endossa o convite da crítica de arte disponibilizando este espaço para artistas, críticos e jornalistas  formarem uma rede de informações e reflexões sobre a arte que se faz na América Latina, esteja ela dentro ou fora dos catálogos, nas bienais ou galerias, nas ruas ou muros ou apenas gestando em ateliês coletivos. 
Bem vindos!
Margarida Nepomuceno
 
*Miguel Reale (1910-2006)
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O que não tem fim nem começo, revela um tempo circular entre a tradição e o contemporâneo

Written by Da Redação. Posted in Exposições

 

 

" Pulso", Maria Nepomuceno, 2012. Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro. Foto Mario Grisolli.
 
 
                 Desde suas últimas individuais na Victoria Miro, em Londres, com a instalação The Force, e na Bienal de Esculturas de ARTZUID, em Amsterdam, ambas em 2011, as  esculturas de Maria Nepomuceno procuram ultrapassar os espaços delimitados para as mostras das galerias e seguir uma lógica espacial própria. Quase sempre o desenho de suas instalações aproveita-se dos recursos oferecidos pela arquitetura  con-formando-se ou estendendo-se para espaços alternativos que pouco tem a ver com o que denominamos, ou denominávamos, até pelo menos a década de 70, de espaço expositivo.  Leia também nesta edição artigo de Renata Puig sobre a formação das casas-museus, no Rio de Janeiro.
 
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Intervenção de Corvalán-Pincheira na Galeria da Memória reflete sobre a história política chilena

Posted in Edição 14

 

Carolina Lara
Do Chile, especial para Cores Primárias


Máximo Corvalán-Pincheira

Esculturas iluminadas que parecem insetos ou moléculas brilhando na penumbra, o som da agua e o zumbido invasivo da eletricidade: a intervenção de Máximo Corvalán-Pincheira na Galería de la Memoria, no Museu da Memória, em Santiago,  é uma proposta experimental, que convida a refletir sobre os avanços nas análises do DNA na relação com a história política chilena. (leia mais)
 
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