Untitled Document
|
Obras de Munch
em duas Bienais de São Paulo |
As obras do artista norueguês Edvard Munch estiveram na 2ª e 23ª edições da Bienal Internacional de São Paulo
(Leia mais) |
|
|
|
27ª Bienal
Como Viver Junto |
|
Para Rosa Martinez, co-curadora da 27ª Bienal de São Paulo, o tema Como viver junto da próxima mostra internacional de artes de outubro é um verdadeiro desafio: a globalização unifica aparentemente as pessoas.
(Leia mais) |
|
|
Untitled Document
Críticas: |
Norbert Lynton*
Toda ação humana é expressiva: um gesto é uma ação intencionalmente expressiva. Toda arte é expressiva – de seu autor e da situação em que ele trabalha -, mas uma certa corrente artística pretende impressionar-nos através de gestos visuais que transmitem, e talvez libertem, emoções ou mensagens emocionalmente carregadas. Tal arte é expressionista. Uma considerável parcela de arte do século XX foi desse gênero, especialmente na Europa central, e o rótulo “expressionismo” foi-lhe aplicado (assim como às tendências comparáveis na literatura, arquitetura e música). Mas nunca houve um movimento chamado expressionismo.
(..)
A rejeição da civilização européia por Gauguin e sua celebração de uma existência alternativa em forma e cor emocionais; a súbita mudança da arte requintada de Ensor para uma técnica intencionalmente chocante em que se apresentam tema igualmente chocantes; o uso de imagens alucinatórias por Munch, através das quais empresta forma pública às angustias pessoais; a apaixonada, mas controlada deformação da natureza por Van Gogh e a intensificação da cor natural, a fim de criar uma arte violentamente comunicativa – esses foram os modelos imediatos para os pintores do século XX que buscavam meios expressivos. O exemplo de Rodin, que pôde transmitir emoção convincentemente através das superfícies e poses forçadas das figuras, ofereceu uma base análoga para a escultura moderna. A maquina fotográfica tinha, nesse meio tempo, feito do naturalismo puro e simples lugar-comum.(...) Apoio e estímulo vieram também de muitas outras direções - do mundo do sofrimento e sensibilidade anormal tornado palpável nos livros de Dostoieviski, da maneira e do conteúdo agressivos das peças de Ibsen e Strindberg, da brilhante e acerva visão de Nietzsche de um mundo sem Deus e a retórica desafiadora em que a apresentou (“aquele que seria um criador...deve ser primeiro um destruidor e despedaçar os valores”), enfim, dos movimentos místicos dos últimos cem anos, em especial , a teosofia e Rudolf Steiner.
Extraído do texto original do historiador publicado em
Conceitos da Arte Moderna, da Jorge Zahar Editor,
em 1980 , coletânea organizada por Nikos Stangos.
* Norbert Lynton é professor emérito de História da Arte na Universidade de Sussex. Publicou vários livros de arquitetura e arte incluindo Paul Klee, Ben
Nicholson e William Scott e está, atualmente, finalizando um estudo sobre o escultor russo Vladimir Tatlin.
Voltar ao topo
|
|
Edvard Munch, 1863
Geraldo Ferraz*
A Noruega honrou(...) a memória de seu maior artista de todos os tempos; o legado que ele ( Munch) deixou à cidade de Oslo compreendia cerca de mil pinturas, 4 500 desenhos, 15 mil gravuras e 6 esculturas. Projetou-se recolher essa obra no Museu Munch, que acabou construído numa área de 4 900 metros quadrados, contando o edifício (...) todas as instalações necessárias a um museu : salas de exposições, salão de conferências, biblioteca, administração, serviços de restauração, fotografia e molduras, restaurante, depósitos e até aposentos para estudantes em trabalho de pesquisa.
O museu custou 7 900 000 coroas, quantia quase toda proveniente de fundos anuais acumulados das rendas dos cinemas municipais da capital norueguesa. O rei Olav inaugurou o Museu Munch em maio deste ano.
(...) Estes dados se tornam necessários para que se tenha a idéia do Museu Munch que a Noruega fez construir em homenagem a seu grande artista. Será um Museu da mesma importância que tem para a obra de Van Gogh o de Otterlo, na Holanda, atraindo turistas, artistas, estudantes de arte de todo o mundo.O reconhecimento do gênio, apesar das vicissitudes sofridas pelo país na Segunda Guerra Mundial, que retardaram a efetivação do projeto, não tardou tanto: no próximo ano, os vinte anos de morte de Munch serão comemorados nesse Museu.
Publicado em 14 de dezembro de 1963 no O Estado de São Paulo e extraído do livro Retrospectiva: figuras, raízes e problemas da arte contemporânea. São Paulo, Cultrix e Edusp, 1975.
* Geraldo Ferraz é um dos mais assíduos críticos de arte dos anos 60 e articulista durante anos do Jornal O Estado de São Paulo. Participou do júri de seleção dos artistas na II Bienal Internacional de São Paulo,em 1954, ocasião em que os brasileiros viram, pela primeira vez, o conjunto das obras de Edvard Munch.
Voltar ao topo |
|
Untitled Document
|
Manifesto |
|
|
“Queremos mais do que uma mera fotografia da natureza. Não queremos pintar quadros
bonitos para serem pendurados nas paredes das salas de visitas. Queremos criar uma
arte que dê algo à humanidade. (...) Uma arte que atraia a
atenção e absorva. Uma arte criada do âmago do coração”.
Trecho do manifesto escrito por Munch aos 26 anos e transcrito no catálogo da representação da Noruega na 23ª Bienal de São Paulo de 1996.
|
|
|
|
No Painel de Críticas |
Leia o historiador
Norbert Lynton sobre a importância de Munch para o Expressionismo na Alemanha e Geraldo Ferraz, crítico de arte dos anos 60, sobre a obra de Munch e a construção do Museum de Oslo, para a comemoração do centenário de nascimento do artista(1863-1963).
(Leia mais)
|
|
|
|
Roubo não,
sequestro |
|
Avaliado recentemente,
em US$20 milhões (R$ 44 milhões), O Grito já foi roubado dos museus da Noruega duas vezes. Na última, levaram também um das cinco versões da Madonna (acima),tela pintada em 1894.
(Leia mais)
|
|
|
|
A arte é o oposto da natureza |
|
|
|