Imprimir página 

Grupo africano tuaregue Etran Finatawa

faz show na Caixa Cultural, no feriado de Páscoa...

 

e canta músicas dos povos nômades do deserto

tuaregue2

 

Uma ótima opção de lazer para quem não vai viajar no feriado de Páscoa ou está a passeio em São Paulo: o grupo tuaregue Etran Finatawa, originário do Niger, na África, fará uma apresentação gratuita no sábado, dia 7 de abril, às 19h, na Caixa Cultural - Edifício (Praça da , 111). São 100 lugares e os ingressos deverão ser retirados na recepção da Caixa Cultural com uma hora de antecedência. Antes porém,no mesmo prédio, o público poderá  conhecer um pouco mais da cultura desses povos nômades na exposição de fotos "Tuaregues do Níger - Olhar de Edmond Bernus, geógrafo" (veja abaixo), que a Caixa Cultural promove até 6 de maio, com entrada franca.

O Etran Finatawa mistura as ricas culturas nômades dos povos tuaregues e peuls (de etnia wodaabe) do Níger, país da África do Oeste, uma região que, há séculos, encontra-se no cruzamento das tradições da África do Norte e da África subsaariana.

           O grupo utiliza instrumentos tradicionais, como o tambor d'água, e modernos, como a guitarra elétrica, e transporta-nos à região do Saara, ao som evocativo dos cantos polifônicos dos wodaabes.

           Potente e hipnótica, a música do Etran Finatawa é executada por quatro tuaregues e dois peuls wodaabes (reconhecíveis por suas magníficas pinturas faciais). Apesar de possuírem costumes e línguas diferentes - tamachek e fufulde -, são todosnômades da savana africana. A partir de 2004, tornaram-se muito conhecidos no Níger, depois de se apresentarem em vários festivais, como os "festivais do deserto", realizados no Mali e no Marrocos, e em turnês na Holanda, Alemanha, Suíça, Inglaterra e Austrália. tuaregues e Etran Finatawa quer dizer "Estrelas da Tradição" e pretende simbolizar a paz e a reconciliação, associando duas culturas nômades, a dos tuaregues, os senhores do deserto, e a dos wodaabes, sem, contudo, perder suas características próprias, o que torna sua música única e inovadora.

           A palavra "nômade" logo nos faz sonhar com liberdade, porém, ao sul do Saara, ela designa um homem prisioneiro do combate contra a seca, o "locust" e o esquecimento. As origens desses dois povos são bipolares. Os tuaregues são originários da África do Norte e os wodaabes constituem uma subdivisão da raça peul, originária da África do Leste. berberes, Etran Finatawa é o primeiro grupo que reúne cantores e músicos dessas duas origens. Tanto num povo como no outro, trata-se de uma música terapêutica e algumas canções são cantos para ajudar a cura. Muitos outros cantos louvam a magnificência do meio ambiente, as dunas do deserto, a marcha ondulante do dromadário ou, então, a rivalidade entre a tradição e o islã no Níger...

           No palco, Etran Finatawa, dinamizado pelo movimento perpétuo, executado pelo "tindé", tambor d'água dos tuaregues, pela explosão e pelo virtuosismo da guitarra baixa e da guitarra elétricas,  pelos cantos pontuados por chamadas alegres, à moda dos povos do deserto, reforçando as sensações de amplos horizontes lunareseco à linha do horizonte sem fim de seu deserto natal  e fazendo eco à linha do horizonte sem fim de seu deserto natal.

           Os cantores tuaregues, imponentes em seus magníficos bubus, essas longas túnicas, e com seus turbantes indigo e o cantor wodaabe, com sua maquiagem elaborada com características feminisnas, própria dos homens wodaabes, são os dignos representantes da beleza masculina africana. O som foi mixado com competência e sensibilidade por Chiss Birkett, o produtor, nos estúdios "Château Richard" situado perto de Bordeaux, na França.

 

Composição do grupo:

Ghaliou Khamidoune: Músico (band leader; guitar solo e cantor)
Alhousseini Mohamed Anivolla: musico (bassista e corista)

Bagui Bouga: Músico (percussionista) e cantor

Bammo Agonla: Cantor e dançarina

Zaid Ag Abdoul Jamil: Músico (percussionista, corista)

Tankari Mamane: Músico/dançarino (percussão/corista/dança)

Van Edig Sandra: manager/amistradora

 

 

A exposição Tuaregues do Niger

tuaregue3

 

                   O geógrafo francês Edmond Bernus, que faleceu em julho 2004, consagrou sua vida de pesquisador ao estudo do mundo Tuaregue. Durante mais de trinta anos, acompanhou um acampamento no Níger, na África. Neste período, vivenciou e fotografou os gestos do cotidiano e seus aspectos culturais, que são momentosimportantes na vida desta sociedade nômade. Imagens desta longa convivência são exibidas na exposição "Tuaregues do Níger - Olhar de Edmond Bernus, geógrafo", emcartaz na  Caixa Cultural, Edifício Sé (Praça da Sé, 111) até 6 de maio. A entrada é franca.

                   Trazida ao Brasil pelo Consulado Geral da França e pela Aliança Francesa, a mostra apresenta 34 fotografias coloridas e em preto-e-branco do acervo de Edmond Bernus, nas seguintes dimensões: 21 fotos: 43,5cm x 60cm; 2 fotos: 48cm x 60cm; 5 fotos: 50 cm x 50 cm. Algumas fotos estão agrupadas num mesmo suporte.

                   As imagens são acompanhadas de comentário cientifico que provém dos escritos de Bernus, redigido num estilo claro e simples, e são organizadas em trêstemas: "Um povo nomâde e pastoral", "O acampamento no cotidiano" e "Retratos ao longo dos anos". Além das fotos, haverá apresentação permanente de um DVD, com duas versões da exposição, totalizando 135 imagens.

                   A mostra foi exibida em 2006 em Paris, no Museu do Jardim de Luxemburgo, porocasião da Festa de Ciência da cidade, organizada pelo Ministério dos AssuntosInternacionais Francês e do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD). A exposição "Tuaregues do Níger" ficará em cartaz de 17 de março a 6 de maio de 2007, na Galeria Neuter Michelon, 1° andar da Caixa Cultural, Edifício Sé (Praça da Sé, 111). O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca. Maisinformações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3321-4400 ou pelo
e-mail: remaisp@caixa.gov.br.

  

tuaregue4

Edmond Bernus, também tornou-se nômade

para acompanhar os tuaregueses

Diretor de pesquisa emérito no IRD (ex-Orstom), Edmond Bernus (1929-2004) foi o geógrafo dos Tuaregues e um dos maiores especialistas deste povo. Foi no final dos anos 50 que Edmond Bernus encontrou pela primeira vez os Tuaregues, quando fazia pesquisa sobre os jovens imigrantes em Abidjan (Costa de Marfim).

 Em 1962, começou as suas pesquisas sobre este povo, ao participar de censo sobre as populações do Níger. Pôde assim tecer um panorama sobre uma sociedade complexa e muito hierarquizada. Para explorar toda a riqueza cultural dos diferentes grupos sociais que compõem a sociedade tuaregue, Edmond Bernus iniciou entãopesquisas sobre os Illabakan, mergulhando com profundidade na sociedade tuaregue, acompanhando a sua vida nômade durante o verão, vivendo em seus acampamentos. A vocação pastoral deste grupo lhe permitiu aprofundar noções sobre recursos hídricos pastos e criação de animais.

 Bernus estudou o universo dos Tuaregues detalhadamente: as suas representações do mundo, as suas tradições orais, os seus jogos, os seus sistemas de alianças e de parentesco e as relações que eles mantêm com as populações vizinhas.

         Uma das características marcantes de Edmond Bernus é a sua constante preocupação em transmitir seus conhecimentos. Daí sua dedicação a escrever diversos livros destinados ao grande público. Ele também realizou curtas-metragens com a colaboração de fotógrafos renomados.

Foi também um fotógrafo amador. A fotografia para ele era um instrumento de trabalho tão útil quanto o caderno de anotações ou o gravador. Com o tempo, fotografar tornou-se um verdadeiro meio de expressão com o qual mostra a sua afeição pelo povo que tão bem soube adotá-lo. Prova dessa dedicação é esta exposição, que faz parte de uma coleção única de mais de 6000 documentos. 

 

 

Serviços

 

Show com o grupo Tuaregue Etran Finatawa

dia 7 de abril, às 19h

Caixa Cultural, Edifício Sé, no Grande Salão

grátis (é preciso retirar ingresso com uma hora de antecedência)

100 lugares

60 min

 

Exposição de fotos

"Tuaregues do Níger - Olhar de Edmond Bernus, geógrafo"

até 6 de maio, de terça a domingo, das 9h às 21h

Caixa Cultural, Edifício Sé (Praça da Sé, 111), Galeria Neuton Michelon (1° andar)

grátis

Caixa Cultural

imagens- Divulgação

Imprimir página